Carnaval

‘Respeite o Império Serrano!’: samba de Aluísio Machado vence disputa para o Carnaval 2024

Compositor se consolida como maior vencedor de sambas do Reizinho de Madureira

Na manhã deste domingo (5), foi escolhido o samba-enredo que vai embalar o Império Serrano no Carnaval 2024. Encabeçado pelo compositor Aluísio Machado, que chegou a sua 16ª vitória na escola, a obra será a grande trilha sonora do enredo “Ilú-ọba Ọ̀yọ́: a gira dos ancestrais”, de autoria do carnavalesco Alex de Souza.

Para 2024, o Império Serrano propõe um grande xirê na Marquês de Sapucaí em busca do título da Série Ouro e o retorno ao Grupo Especial. A escola da Serrinha vai mostrar a importância dos orixás, grandes reis e rainhas em localidades do antigo Império de Oyó, território atual da Nigéria, Benin e Togo. Essas entidades serão os embaixadores destes reinos e foram popularizados no Brasil a partir da criação do Candomblé, na Bahia.

O samba vencedor, da parceria de número 7, tem os seguintes compositores: Aluisio Machado, Carlos Senna, Andinho Samara, Jefferson Oliveira Nunes, Carlitos Ambrósio e Marcos R. Valença.

No Carnaval 2024, o Império Serrano irá fechar os desfiles da Série Ouro. O Reizinho de Madureira será a oitava agremiação a desfilar no sábado, 10 de dezembro, na Marquês de Sapucaí

Conheça a letra:

.

Você conhece bem o meu Ilê
Onde mora todo axé
E os preceitos de Olorum
Quem segue as ordens de Olodumarê
Que governa Orum e Ayê 
Tem bastia de Exu
Irmão de Ogum, meu Pai Maior e Major dos Orixás 
Quando a flecha acerta a paz 
É Oxossi quem atira 
Salve o velho! Atotô!
Baixou na gira, cangira de agogô!
É minha gira! 

Quina erva no pilão Ewê Ewê
Na infinita imensidão… Oxumarê
Onde me faltar justiça
Que Xangô seja juíz
Pra lembrar que a Serrinha é resistência na matriz

Mamãe Oxum derrame seu poder nesse altar
Meu povo é rebeldia de Obá 
É força e ventania de Iansã 
Rompeu manhã o sol resplandeceu Logunedé
Ewá, do meu feitiço guardiã
Caminho nos saberes de Nanã
Yemanjá sereia! Mãe de todos os Oris
Quem inveja a vitória não enxerga cicatriz
Sob os olhos de Oxalá
Verde branco no Ejé
Assentei em Madureira todo amor do Candomblé

Awá o soro Ilê, Awá o soro Ilê
Atabaque pro Alabê, é Xirê pra Orixá
Pela fé que atravessa as revoltas do oceano
Respeite o Império Serrano!

Foto: Vinicius Lima

.

.

.

Deixe um comentário