BIE - Banco de imagens externas - Amanhecer no Congresso Nacional. O Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções do Poder Legislativo, quais sejam, elaborar/aprovar leis e fiscalizar o Estado Brasileiro (suas duas funções típicas), bem como administrar e julgar (funções atípicas). O Congresso Nacional é bicameral, sendo composto por duas Casas: o Senado Federal, integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal), e a Câmara dos Deputados, integrada por 513 deputados federais, que representam o povo. Foto: Pedro França/Agência Senado
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Panorama | Olho Vivo e Faro Fino | João Direnna

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OLHO VIVO E FARO FINO

  • Em poucos dias o Brasil conhecerá quem são seus representantes no Congresso Nacional, nas Assembleias (no caso dos senadores, deputados federais e estaduais) e, dependendo de vitória logo no primeiro turno (maioria absoluta dos votos, isto é, o candidato deve obter mais da metade dos votos válidos, excluídos os votos em branco e os votos nulos), o presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores dos estados e do Distrito Federal.
  • A realização de eleições diretas e frequentes (frequente demais para o gosto da maioria que delas é obrigada a participar de dois em dois anos) é, sem dúvida, uma das mais importantes conquistas democráticas da atualidade. Em decorrência dessa conquista, os eleitores são chamados para exercerem, pelo voto, a escolha de seus representantes.
  • Mas até que cheguem os dias da escolha e da apresentação dos resultados oficiais, nos resta ficar atentos aos debates, às entrevistas, às pesquisas de opinião (cuidado com aquelas que costumam blindar uns, destruir outros e tentar ocultar o óbvio), às propostas e, até, no que circula por aí através das redes sociais, uma das grandes novidades pelo menos nas últimas eleições.
  • Qualquer informação acerca dos muitos candidatos é extremamente válida, porque como se diz na linguagem popular, ‘são poucos minutos pra votar e quatro anos pra aturar’. Sendo assim, outro ponto positivo para que se aprimore o processo e se comece a “limpar a casa” é ficar atento a quem não devemos depositar mais confiança (no caso dos que tentam a reeleição) e, quanto aos ‘neófitos’, se possuem pendências judiciais, cometeram erros de qualquer natureza, portanto, têm ficha suja. Tudo que venha nesta direção (existem bons aplicativos que detectam políticos corruptos por reconhecimento facial, como o “Detector de Corrupção” disponível para download no Google Play e Apple Store) deve ser levado em consideração para que votemos com consciência. E com caráter.
  • Neste sentido, material não falta como o disponibilizado pelo site Congresso em Foco que vem divulgando, por exemplo, desde o início oficial da campanha, a lista dos barrados pela Justiça eleitoral com seus respectivos partidos. Neste aspecto, o MDB e o Podemos encabeçam a lista, com oito nomes cada. Em seguida, aparecem o Patriota e o PSD, com sete candidaturas consideradas “fichas-sujas”. Avante, PDT, PHS e PRTB tiveram cinco registros indeferidos cada. Quatro petistas, entre eles o ex-presidente Lula, foram considerados inelegíveis. Dois tucanos também caíram na peneira da Ficha Limpa.
  • O total de candidatos barrados pela Justiça corresponde a 13% das 749 contestações feitas pelo Ministério Público Eleitoral a partir da lei que proíbe a candidatura de políticos com condenação em órgão colegiado, contas rejeitadas ou que renunciaram ao mandato para escapar da cassação, entre outras hipóteses.
  • Entretanto, nem todos estão fora da disputa. Parte deles ainda aguarda análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão negativa que tiveram no Tribunal Regional Federal (TRE).
  • Como tudo isto faz parte do sistema, cabe-nos continuar observando tudo o mais perto possível para que não ajudemos a eleger pessoas que vão contribuir para a permanência/aumento da corrupção, serviços públicos de má qualidade, o compadrio, o nepotismo (cruzado ou direto e indecente mesmo), para o toma-lá-dá-cá, tampouco daqueles que costumam aparecer nos municípios só em época de eleição para posar de ‘bonzinhos’ , saírem nas fotos e depois sumirem do mapa. Para sempre ou, na melhor das hipóteses, até a próxima eleição quando, novamente, os turistas, dublês de político, dirão arrivederci, adiós, au revoir, goodbye. ADEUS!

PODER DAS MASSAS

  • Desde que a Internet começou a se popularizar, de verdade, com as redes sociais ficando ao alcance de quase todo mundo, a coisa tem mudado tanto que chegou ao ponto de influenciar até decisões importantes como as campanhas políticas que vão eleger nos próximos dias, deputados e senadores e, no caso de segundo turno, governadores e presidente da República.
  • Vários vídeos e posts, além dos memes, guardadas as devidas proporções das fakes news, da comicidade ou do inevitável lixo que circula por aí, chegam ao ponto de viralizarem tanto que são compartilhados por milhões de pessoas que veem no “material” uma possibilidade real de interpretar fatos que nem sempre lhes é mostrado íntegra e verdadeiramente.
  • Alguns têm batido sucessivos recordes como, por exemplo, o do atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro, a lembrança de seu nome em shows, estádios, panelaços, buzinaços, bem como as anteriores caminhadas antes do crime e as recentes lives feitas no leito hospitalar, o que leva muitos a acreditarem que a sua ascensão (a última pesquisa revelou 33% de intenção de voto) e a possibilidade de vitória, já no primeiro turno, deve-se, srm sombra de dúvida, às muitas aparições nos smartphones.
  • Entretanto, existem milhares de outras “trocas de informações” mostrando fraudes eleitorais, libertação de Lula após o pleito e a nomeação como ministro, caso Haddad vença, declarações de artistas, depoimentos de experts, etc.
  • Ainda é cedo para todas estas influências se transformarem em realidade na mesma proporção que muitos dos conteúdos da Internet de tanto que são compartilhados (se bem que faltam “ apenas” 18 dias), mas uma coisa é certa: a vitória e a derrota de muitos que colocaram seus nomes e suas propostas para serem julgados pelo eleitor estão a mercê do que se fala, escreve e vê nas redes sociais e resta muito pouco para se conhecer seus desdobramentos. De verdade, independente de fraudes ou não.

ELEIÇÃO SUI GENERIS

  • Pela primeira vez na história mundial, pelo menos que tem-se notícia, um país realiza um processo eleitoral polarizado entre um candidato preso a um leito hospitalar, após ter sofrido um atentado, definitivamente, por razões políticas (às favas quem tenta alegar motivos “ideológicos, religiosos, insanidade”, etc), praticado por um réu-confesso defendido por uma caríssima banca de advogados pagos por sabe-se lá quem ou o quê e outro preso (às favas também quem acha que Fernando ‘Andrade’ Haddad é o cabeça-de-chapa), condenado em duas instâncias superiores pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e pela Lei da Ficha Limpa, em uma confortável sala na sede da Polícia Federal com 15 metros quadrados adaptada para recebê-lo e, ao que tudo indica, para ser seu QG e local para reuniões do Partido dos Trabalhadores (PT).
  • O Brasil é, mesmo, sui generis em todos os sentidos e, por mais que algumas instituições e boa parte da sociedade queiram e se esforcem para fazer diferente, tem dado motivos de sobra para que o mundo continue nos vendo como corruptos, um amontoado de gente que não sabe votar com caráter (só com sua “consciência”), institucionalmente confuso e desequilibrado, sempre como emergentes e/ou em desenvolvimento.
  • E diferentes. Pelos muitos exemplos dados desde que a República começou a tentar virar uma de suas páginas mais tristes.

‘NEM A PAU, JUVENAL’

  • Perguntado quem apoiaria num provável segundo turno, se Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad, o candidato Ciro Gomes disse “nem a pau, Juvenal”, preferindo desconversar e atacar a inexperiência e arrogância do petista.
  • Aliás, uma das poucas coisas com as quais concordo inteiramente com ele pois nada mais arrogante do que a maioria da galera do Partido dos Trabalhadores que costuma “se achar acima do bem e do mal, os únicos capazes de levar o País, novamente, a sair da crise (a propósito, criada por ele, pelo PMDB com apoio da base alugada), acabar com a corrupção (nunca vista como nos 13 anos que a quadrilha permaneceu unida), fazer as reformas necessárias ( as quais nunca tiveram coragem para fazer, sequer votar)”, enfim, falar uma coisa e fazer outra completamente diferente.
  • Nada mais repugnante do que se assistir propagandas eleitorais como aquelas do “poste Andrade” e do PT cujas propostas beiram ao ridículo e, entre outras coisas, são nitidamente mentirosas. E, claro, arrogantes.
  • Como o inexperiente candidato de Lula (a propósito, derrotado na reeleição para a prefeitura de São Paulo) e da “cumpanheirada” que, além de corruptos, não podem ser reconduzidos ao governo brasileiro e nem deveriam disputar segundo turno com Jair Bolsonaro que tem a experiência de 30 anos na vida pública como parlamentar (somados aos mais de 15 como “soldado do Exército), é autêntico e não é corrupto.

Pensamento da semana

  • As polícias (Federal e a Legislativa) bem que poderiam tirar, logo que possível, algumas dúvidas em relação ao atentado sofrido pelo candidato a presidente, Jair Bolsonaro.
  • Como a principal delas que é saber como e por que existe um registro de uma visita do réu-confesso, Adélio Bispo de Oliveira, à Câmara dos Deputados no dia do ataque. E mais: SE e COM QUEM o criminoso esteve na Casa?

*João Direnna é jornalista e psicólogo e responsável pelo Blog do Direnna

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