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O PT de Niterói

     

Publicado em 29/10/2016

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O PT tem três passagens por Niterói. Desastrosas. A primeira foi no ano 2000 e ficou até 2002; um curto e medíocre mandato. Em 2004, o candidato do PT venceu no segundo turno e assumiu a prefeitura em 1º. de janeiro de 2005. Ele gostava do ditado “pau que nasce torno, morre torto” e comprovou, ele mesmo, que tinha razão. Fez um dos mais melancólicos, anêmicos e polêmicos governos da história da cidade. De fato, pau que nasce torto...

O PT foi escorraçado pelos eleitores em 2008, mas voltou a prefeitura em 1º. de janeiro de 2013 quando o petista prefeito desde sempre venceu num segundo turno apertado. Foi apoiado por Sergio Cabral, José Dirceu, Dilma e Lula.

Apesar da prefeitura investir pesado em propaganda afirmando que Niterói é a cidade da mobilidade urbana (expressão inventada pelo petismo), o que os habitantes sentem em seu sofrido dia a dia, é que a cidade, na verdade, tornou-se uma das capitais nacionais da Imobilidade. O trânsito vive parado em Icaraí, Ingá, Santa Rosa, Centro, Fonseca, Região Oceânica. Que mobilidade urbana é essa?
Na prática, a atual administração do prefeito ex-petista (que há seis meses mudou-se para o PV, para tentar descolar sua imagem dos sucessivos e seriais escândalos envolvendo o PT no país) só começou e inaugurou duas obras de “mobilidade”: as pistas de skate em São Francisco (que quando chove vira lagoa) e no Horto do Fonseca.

O túnel Charitas-Cafubá ainda não foi inaugurado mas já está numa encruzilhada. Com a benção do governo do estado a CCR resolveu acabar com os horários do meio dia as 16 horas dos catamarãs de Charitas, o que significa que quem usar a futura Transoceânica neste horário não terá barcos para pegar.

Criado em 1980 por sindicalistas e intelectuais, o PT inventou o “modo petista de governar” que formata os corações e mentes de militantes radicais. O “modo petista” é anti democrata, sectário, fundamentalista, banhado de ódio, rancor, ressentimento e, no berçário, pregava a ética na política regada de moralismo torpe. Como bem disse Leonel Brizola, o PT “é a UDN de macacão”.

O “modo petista de governar” começou a mostrar as garras em 2005 com o mensalão, e mais tarde ao promover o maior assalto aos cofres públicos da história do país, disse a que veio. Enfim, o misterioso “projeto petista de poder” foi apresentado ao público pela Polícia Federal, mas os militantes fundamentalistas tentam justificar o injustificável, insinuando que um projeto social radical prevê o que chamam de “expropriação”, versão politicamente correta de roubo, assalto, pilhagem. Mais: quem contesta, protesta, critica é chamado de golpista “safado” e a imprensa que noticia é “vendida, moleca”. Para o egocêntrico e onipotente petismo, a trilha sonora é “Meu Mundo e Nada mais”, de Guilherme Arantes.

Jamais votei (e nem irei votar) no petismo porque entrevistei Lula em 1979, um ano antes da fundação do partido. Foi o suficiente para perceber que, como gostava de afirmar o primeiro prefeito petista de Niterói, em 2000, “pau que nasce torto, morre torto”. Como podemos (ainda bem) ler, assistir e ouvir (os fundamentalistas do PT defendem a censura à imprensa), deu no que deu.

O prefeito de Niterói é candidato a reeleição, mas como bem disse, elogiando, um cardeal petista “ele deixou o PT mas o PT não saiu dele”. Os eleitores de Niterói vão decidir neste domingo se o petismo fica na cidade por mais quatro anos ou se deixa a cena, seguindo o exemplo do Brasil.
 


*Artigos, crônicas e colunas assinadas são de total responsabilidade de seus autores e não traduzem a opinião do jornal


 
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