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​Niterói vai às urnas neste domingo para decidir:
Felipe Peixoto ou Rodrigo Neves

   

Publicado em 29/10/2016

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De um lado, a aposta de renovação; do outro, a continuidade do governo do PT com o candidato citado na Lava Jato e nome na planilha da Odebredcht

Está chegando a hora do eleitor de Niterói decidir quem vai governar a cidade pelos próximos quatro anos. A ser definida neste domingo, 30, a disputa tem de um lado a aposta de renovação com o PSB de Felipe Peixoto, que escolheu como vice o delegado da Polícia Federal Antônio Rayol. Do outro lado está Rodrigo Neves, eleito pelo PT, mas agora tentando a reeleição pelo PV, tendo como vice o deputado estadual Comte Bittencourt, que teria aceitado o convite mediante acordo para assumir a Prefeitura com a possível saída de Neves em 2018 para concorrer ao Governo do Estado. Ambos negam e suposições à parte, fato é que Niterói nunca teve uma disputa tão fervorosa, com uso e abuso das redes sociais e de ações na Justiça, como a Gazeta Niteroiense noticiou na edição anterior.

Entre as diversas ações há pedidos de censura prévia feitos por Rodrigo Neves e sua coligação, a Pra Seguir em Frente, a maioria delas para impedir que a campanha adversária veiculasse em sua propaganda a informação de que o prefeito é citado na operação Lava Jato, que investiga empresários e políticos corruptos. E mais: que seu nome está também na planilha de doações da Odebredcht, mas sem registro no PT. A proibição de falar sobre as irregularidades chegou até a vigorar, mas a coligação Cidade Limpa, de Felipe Peixoto, recorreu e na última quarta-feira, 26, a Justiça cassou a liminar concedida pela 199ª Zona Eleitoral que caracterizava o cerceamento à liberdade de informação.

O acórdão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) ressaltou que a censura prévia é inadmissível e lembrou que liberdade de informação, opinião e de expressão estão asseguradas constitucionalmente. Reconheceu também que os fatos contestados pelo candidato à reeleição foram amplamente divulgados pela imprensa escrita e pela internet, com os desembargadores não identificando “caracterização de qualquer ato ilícito eleitoral” que tivesse sido praticado pela campanha de Felipe Peixoto.

“Estamos no campo da democracia, na qual o leitor tem o direito de ser informado. Não é mentira que o candidato Rodrigo Neves esteja citado na Lava Jato. Todos sabemos que está citado. Isto é censura prévia, é impedir que o eleitor conheça o candidato em que está votando. Não temos este direito aqui. Isto é um atentado contra a democracia, contra a liberdade de informação, de expressão, de opinião, caríssimos no processo democrático. Não existiria democracia se não existisse a liberdade de opinião, principalmente num país como o nosso, onde a imprensa é nossa aliada”, defendeu a desembargadora eleitoral Jacqueline Montenegro em seu parecer, destacando que a liminar nem deveria ter sido concedida.

Prefeito é campeão de pedidos de censura prévia

Para Felipe Peixoto, a cassação da liminar é uma vitória contra a tentativa de cerceamento ao direito de livre expressão que também vem ocorrendo nas redes sociais. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o candidato Rodrigo Neves é campeão de pedidos de censura prévia nessas eleições. Ele moveu de uma só vez nove processos contra o Facebook, solicitando não apenas a retirada de textos publicados em perfis diferentes na rede social, mas pedindo que a Justiça impeça preventivamente novas críticas a ele direcionadas.

Um dos perfis processados foi o de Vinícius Moço, candidato a vereador pelo PSB no primeiro turno. Moço, que há muito utiliza a internet como ferramenta de livre expressão para denunciar problemas na cidade, tendo até organizado há dois anos um movimento pedindo mais segurança, foi acusado de cometer calúnia, difamação e propaganda eleitoral negativa. As postagens falam sobre a citação do prefeito na Lava Jato, de acontecimentos como o aumento na folha de pessoal da Prefeitura e da importância do voto válido.

“Fiquei surpreso com a notificação. É um absurdo que hoje em dia ainda haja a tentativa de censurar manifestações legítimas de pensamento apenas por contrariar certos interesses. Trata-se de um cerceamento à liberdade de informação. Já apresentei minha defesa e tenho certeza de que a Justiça não vai permitir esse tipo de alegação infundada”, disse Vinícius.

Sobre as ações feitas pela campanha adversária e caracterizadas como censura prévia, Felipe avalia que é mais uma forma de tentar esconder fatos amplamente divulgados pela mídia. "Tentaram calar a nossa campanha e nossos apoiadores. Mas trabalhamos com a verdade, baseados em fatos, e vamos seguir nas ruas até o último minuto, interagindo com as pessoas, apresentando nossas propostas, esclarecendo acusações infundadas e alertando o eleitor que o nome do prefeito está na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, preso e condenado pela operação, dono da Constran que executa a Transoceânica e foi doador das campanhas de Rodrigo. A população não pode ser enganada", ressaltou Felipe Peixoto, único que tem em seu Programa de Governo propostas de combate à corrupção, como a criação de uma Corregedoria para controlar os contratos na Prefeitura.

Ameaças fora da internet - O clima tenso entre militantes e apoiadores não ficou restritos a redes sociais. Um exemplo são os casos de ameaças e ataques a condutores de carros de som da coligação Cidade Limpa que circulavam com mensagem alertando aos eleitores justamente sobre a citação de Rodrigo Neves na Lava Jato, com registros na 78ª DP (Fonseca) e na 81ª DP (Itaipu). Na Região Oceânica, três motoristas foram ameaçados com armas apontadas para suas cabeças na noite do dia 13, obrigados a recolherem os carros no Comitê da campanha, no Centro de Niterói. O caso mais grave aconteceu no dia 17, por volta do meio dia, no Barreto, onde um homem dirigindo uma picape S10 - posteriormente verificada pela Polícia como roubada no dia anterior - bateu na lateral frontal do carro de som, mostrou uma pistola para o motorista da campanha de Felipe e fugiu. No dia seguinte outro caso, dessa vez na Engenhoca, onde o condutor do carro de som passava pela Rua João Brasil e, em frente ao posto de saúde, viu um homem atirando uma pedra no parabrisa que acabou trincado.


 
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