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Whatsapp - como viver sem ele?

   

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Luiz Antonio Mello, parceiro no jornalismo e grande amigo há várias décadas, diverte-me à vera, e por certo a muitos, em sua coluna neste periódico. Recentemente seu box sobre a desconsideração das pessoas hoje ligadas mais virtual do que pessoalmente levou-me a numerosas e intensas gargalhadas. Lu, (é assim que somente eu o chamo), é verdade que o Whatsapp é boçal, e que todo mundo escreve errado, seja por pressa ou por ignorância mesmo. Mas o que mais a gente pode fazer senão acompanhar as tendências? E-mail hoje é um canal de comunicação (quase) falido, só não morreu porque ainda precisamos dele corporativamente.

Dentre as boas novas que o Whatsapp trouxe está a de que milhões de pessoas no Brasil, atualmente, fecham negócios pela rede, além de ser possível conversar horas ao celular sem precisar gastar um centavo. Sem dúvida alguma, maravilhas da tecnologia!!!

Certos relacionamentos são também muito mais fáceis através do aplicativo. Uma amiga me disse outro dia que só consegue saber da vida de seu filho adolescente pelo programa. Ele tira e posta fotos de onde está, da turma, da namorada e até da bebida que está consumindo. Pessoalmente, entretanto, é tão mudo quanto o Charles Chaplin, sendo que de cara amarrada. Estão vendo as vantagens do zap?

Por outro lado, estamos realmente escravizados por este sistema. Algumas das piores invenções são os famigerados “grupos:”: é grupo de família, grupo da academia, grupo dos antigos moradores da Álvares de Azevedo, grupo da turma de faculdade, grupo “dazamiga fofoqueira”, grupo dos fãs da vizinha do sexto andar, subgrupo do grupo das mães de primeira viagem, subgrupo dos amigos dos amigos da força jovem do Flamengo, e por aí vai. É uma praga competindo com baratas e piolhos sobre quem sobreviverá ao apocalipse.

As piadas infames também se sucedem ao longo das horas, e muito raramente se posta algo super engraçado. Pelo menos eu não consigo achar graça de quase nada, não há humor inteligente, só pegadinhas de terríveis programas de domingo na TV. Isto sem falar nas notícias falsas que pedem para ser compartilhadas, e nas infames “correntes da sorte”, afirmando que daqui a dez minutos você vai receber um milagre, mas apenas se passar a corrente adiante. Pelo amor de Deus, vamos trabalhar, gente! O Brasil está precisando de muita labuta!!!!

Tem também aquele bando de desocupados – mas nem sempre desempregados – que aproveitam o tempo de vigília para enviar “bom dia, boa tarde e boa noite”, com flores, sol e lua, entre outras figurinhas, o dia inteiro. E achando que com emoticons se demonstra amor. Aí Luiz Antonio está certo: é tão fácil dizer que ama com postagens floridas, quero ver é ter paciência de olhar nos olhos, ouvir antes de falar, aguentar as manias, as queixas, fazer DR, perdoar, relevar, aturar a, e na, carne. É inegável o fato de que as redes sociais funcionam como uma barreira ao relacionamento interpessoal. E este é um fator extremamente preocupante.

De todo modo, suspender o Whatsapp para a metade da população brasileira por conta de uma desobediência do Facebook à justiça é penalizar o todo pelo erro de um. Não é por aí. Mas que teve muita gente que gostou de passar um dia sem ouvir aquele barulhinho de notificação, isso teve. Eu, por exemplo, confesso que descansei um pouco. Que paz, que sossego não ter que ficar silenciando grupo algum, que delícia acordar e pensar “não, não tem nada no zap pra ver, posso ir ao banheiro primeiro”. É verdade, o vício é tamanho que até nosso organismo está tendo que esperar a gente ver as mensagens. Mas afinal, para que conseguimos diminuir o cigarro em nossas vidas? Se estamos somente substituindo nossas adicções?

As redes sociais existem para nos facilitar, não para nos escravizar. Este é o grande desafio desta era da humanidade. Que o diga o Brasil na semana passada. Que o diga o juiz de Sergipe, o responsável pelo silêncio que se fez no país por 24 horas. Todo o território foi obrigado a se desconectar e, para muita gente, isto foi pior do que ficar sem luz. Patologia de um século, haja divã para todos!


 
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