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Coluna do LAM
A lua ou o urubu? A escolha é nossa

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O publicitário Nizan Guanaes dono do grupo ABC (o maior do país) escreveu o sublime texto “Rezar” na Folha de S. Paulo desta terça-feira. Alguns trechos:

“Inspirado por Abilio Diniz e pelo meu personal trainer, que é presbiteriano, comecei a rezar todas as manhãs. Leio os jornais e depois rezo.”

“Não rezo para ser santo. Rezo para ser homem, para ser humano. No sentido divino desta palavra: ser um líder humano, um profissional humano, um marido humano, um pai humano. “

“Quando você reza ou medita, você foca, concentra, reúne forças, toma o controle da sua vida. Você toma o controle da besta, como a inveja, a usura, o olho gordo, a pequenez, o medo e os instintos animais que existem em cada um de nós.”

“Sem a oração e a meditação a gente desembesta a fumar, a beber, a tomar Rivotril. Desembesta a sofrer e a passar as noites acordado. Desembesta a pensar com o fígado em vez de pensar com a cabeça, com o coração e com a alma.”

“A besta é uma má pessoa e um péssimo empresário. Rezar é o meu antídoto contra ela.”

A oração está em minha vida 24 horas por dia desde sempre, mas especialmente a partir de 1985 quando conheci a Igreja Presbiteriana Betânia. Lá percebi que orar é como respirar, contemplar, orar é um ato reflexo e não uma formulação, um comando racional como imaginava. Aprendi que falar com Deus dispensa protocolos, dispensa artifícios, dispensa formalismos.

Para mim esta terça-feira foi um dia difícil. Desde a madrugada. Dormi mal, muito mal, acordei várias vezes atormentado por um mal estar físico acompanhado de uma dose de angústia fora do comum. No início da tarde, a caminho do dentista, a pé, a oração chegou a mim, como sempre sem explicações. Orei muito, orei forte, a ponto de meus olhos ficarem marejados, mas infelizmente não consigo chorar.

No final do dia, depois das seis e meia, quis o destino que eu tivesse um problema e não conseguisse sair do Centro de Niterói em direção a Igreja Betânia. Simplesmente a chave de ignição do meu carro não quis virar. De jeito nenhum. Liguei para o meu mecânico há 20 anos que, espantado, disse “estranho...muito estranho esse defeito. Em geral quando trava a chave não sai...”. Enfim, não havia explicação lógica. Liguei para o seguro e, sabem como é, hora do rush e tudo mais, esperei mais de uma hora em 15.

Orando, calado, quieto, porta do carro aberta num beco sem saída que todo mundo acha perigoso, menos eu porque...bom, não sei por que não acho muito perigo por aí, mas eventualmente o perigo me flagra em lugares e situações absolutamente ingênuas e cotidianas.

O reboque chegou, o motorista apanhou para conseguir manobrar o caminhão e guinchar meu carro. Ao todo foram mais de três horas e acabamos deixando o carro em frente a seguradora. Amanhã vai um chaveiro lá consertar o que todo mundo chama de “bobagem”, mas que eu prefiro tratar como “livramento”. Pela ilógica da minha fé, ao travar a chave do carro me livrei de algo ruim. O que? Não me interessa. Só me resta agradecer. E muito.

Senti a presença do alívio quando lembrei da imagem ali de cima, a lua e o urubu. Uma imagem que tirei da capa de uma página do Facebook que estava anunciada. Cliquei, entrei e peguei. Adoraria dizer o nome da pessoa da página mas vacilei, perdi, mas se ela entrar em contato é claro que darei o crédito.

O urubu simboliza o mau agouro. Voz do povo. Simboliza o baixo astral, a imundice física e espiritual. Não a ave em si, que não tem nada com isso, mas o seu arquétipo. A lua? Simboliza a beleza, a mulher, o amor, a leveza e também (por que não?), a loucura. O álbum “The Dark Side of the Moon” do Pink Floyd é uma amostra, especialmente na arrepiante “Brain Damage” (“Cabeça Doente"”).

Mas a lua é a lua e é com ela que eu vou. Os urubus, que por sinal andam sumidos, eu não conheço e não quero conhecer. Escolher entre a lua e o urubu é uma decisão nossa. Existencialmente falando, há quem prefira a lamúria, a carniça cotidiana, há quem funcione como um imã de más notícias, coisas ruins e como sacramentou Carl Jung a energia psíquica é uma só. Quem decide pelo positivo ou pelo negativo somos nós.

Logo, quem opta pelo urubu fique a vontade mas não me convide. O inconsciente é uma esponja, absorve tudo; o bom, o ruim, o belo, o feio. Logo, urubuzou? Estou fora. A minha opção existencial/espiritual é a lua, o sol, o mar, a luz e, diz a lenda em minha família, meu nome começa com Luiz em homenagem a meu pai e também a Luz.

Pode ser?

E-mail desta coluna: lam@europe.com


 
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