Agora é para valer: o deputado estadual Felipe Peixoto (PDT) é mesmo o vice do governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato à reeleição do Estado do Rio de Janeiro pelo PMDB. A confirmação foi feita por redes sociais na última quinta-feira, dia 29, pelo ex-governador Sérgio Cabral, que integra a chapa como senador. Com a composição, Niterói poderá, pela primeira vez em sua história, eleger o vice-governador, com ganhos expressivos para a cidade, em uma espécie de resgate da condição de capital do estado, posição que ocupou até 1975.

A confirmação de Felipe Peixoto como seu vice foi comemorada pelo governador Pezão. “Felipe é um jovem antenado, guerreiro, realizador, que sempre investiu numa política inovadora e participativa como, de fato, deve ser. Acho um quadro extraordinário, consenso dentro do partido que vai funcionar muito bem. A população saberá reconhecer isso. Estamos unidos por um Rio cada vez melhor”, diz Pezão.

Aos 38 anos, o deputado estadual que começou sua carreira política aos 9 anos (ao lançar o Comitê Mirim do PDT na varanda de sua residência, no Pé Pequeno) adianta que, caso eleito, não será um vice apenas representativo. Mesmo que ainda com reservas, Felipe Peixoto já dá sinais de conquistas que Niterói terá. Caso eleito, ele confirma, por exemplo, o projeto de instalar o gabinete da Vice-Governadoria no Palácio do Ingá, belo e imponente prédio tombado em 1983 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Felipe avalia o novo cenário também como possibilidade de dar continuidade aos avanços que o estado viveu nos últimos anos.

- A candidatura do Pezão é muito importante, pois ele é o nome mais qualificado e preparado para liderar o Governo do Estado. Estou pronto para encarar este grande desafio. Principalmente, por representar o PDT que, com orgulho, posso dizer que faz parte da minha vida. Seguirei honrando o histórico de lutas, conquistas e ideais do meu partido, como sempre fiz ao longo da minha trajetória política – garante o pré-candidato que, como vice, poderá se fortalecer ainda mais para a possível disputa à prefeitura da cidade onde continua sendo o representante da oposição.

A disposição de Felipe Peixoto em realizar é comprovada no trabalho que fez à frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), onde esteve até abril desse ano. Criado em janeiro de 2011 para elaborar projetos voltados à mobilidade e outros aspectos para a melhoria da qualidade de vida, o órgão que tem em sua estrutura a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) e a Ceasa-RJ começou em uma pequena sala no Centro do Rio, mas muito evolui. Em apenas três anos, a secretaria ocupa quatro dos sete andares do prédio da Rodoviária de Niterói, no Centro, um deles da Fiperj, onde há também um moderno auditório com capacidade para cerca de 200 pessoas.

Além da nova sede, a Fundação que em 2011 tinha 23 anos de existência, com apenas oito concursados, três viaturas e três unidades, tem agora 91 concursados, quase 30 veículos (cinco deles caminhonetes) e 17 frentes para o atendimento a profissionais da pesca e da aquicultura. Entre elas, há duas unidades de produção de peixe e 12 escritórios regionais pelo estado afora. Como secretário, Felipe Peixoto idealizou e conseguiu aprovar o projeto da Cidade da Pesca, que vai gerar pelo menos 10 mil empregos em São Gonçalo, atraindo de volta ao Rio de Janeiro indústrias do pescado que na década de 80, diante da falta de investimentos, migraram para o sul do país.

Na área de abastecimento, foram muitas também as conquistas que Felipe Peixoto levou para a Ceasa-RJ, órgão que em 2011 tinha 37 anos. Em três anos, a Central de Abastecimento ganhou o Banco de Alimentos que hoje funciona nos seis mercados produtores do estado, assistindo 30 mil pessoas de cerca de 200 instituições sociais.